No último domingo, Tatjana Maria protagonizou uma das histórias mais inspiradoras do tênis ao vencer o Queen’s Club e se tornar, aos 37 anos, a jogadora mais velha a conquistar um torneio da categoria WTA 500. A tenista alemã, vinda do qualifying, derrotou a americana Amanda Anisimova por 6-3 e 6-4, conquistando o quarto título de simples de sua carreira, o primeiro desde Bogotá, em 2023.
Este foi também o primeiro torneio feminino realizado no Queen’s Club desde 1973, o que deu à vitória de Maria um peso histórico. Mais do que um troféu, a conquista simboliza perseverança, resiliência e excelência em uma fase tardia da carreira.
Maria chegou a Londres acumulando nove derrotas seguidas e teve que passar por duas rodadas do qualificatório para entrar na chave principal. A partir daí, impôs seu estilo característico, baseado em slices e jogadas estratégicas, eliminando grandes nomes como Karolina Muchova, Elena Rybakina e a campeã do Australian Open, Madison Keys.
O título teve ainda um valor emocional especial, já que foi assistido por seu marido e suas filhas. Esta vitória marca seu segundo título na grama e representa um momento profundamente pessoal e inspirador.
Além disso, Maria quebrou um jejum para o tênis alemão: é a primeira alemã a vencer um torneio WTA 500 desde Angelique Kerber, em 2018. Atual número 86 do ranking mundial, ela dominou a final com consistência e inteligência tática.
Anisimova, por sua vez, teve bons momentos na partida, mas cometeu muitos erros não forçados, e a defesa sólida de Maria acabou sendo decisiva. Com o título, a alemã recebeu um prêmio de £120.000 e ganhou um impulso importante para Wimbledon, onde já chegou às semifinais em 2022.
Para Anisimova, a campanha serviu como um lembrete de sua evolução e dos desafios que ainda enfrenta. A ex-promessa do tênis, semifinalista de Roland Garros em 2019, tem lidado com questões de saúde mental e um longo afastamento das quadras.
Mesmo após ter conquistado um título no Catar recentemente, a experiência e o domínio de Maria no saibro foram intransponíveis. Com Wimbledon se aproximando, ambas deixam o Queen’s Club motivadas — mas é Maria quem leva o troféu, a história e um feito que fortalece seu legado.
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