Após sua aposentadoria, Andy Murray rapidamente assumiu um novo papel no mundo do tênis, tornando-se treinador de Novak Djokovic para a temporada de 2025. A decisão surpreendeu muitos, inclusive Rafael Nadal, que optou por um estilo de vida mais tranquilo, focado no golfe e no lazer desde que se afastou das quadras. Nadal, campeão de 22 Grand Slams, ficou surpreso com a transição rápida de Murray de jogador para técnico de seu antigo rival Djokovic.
Murray, que anunciou sua aposentadoria após as Olimpíadas do ano anterior, foi manchete em novembro ao ser revelado como o novo treinador de Djokovic. Embora Nadal tenha achado essa mudança repentina, ele reconheceu que a parceria entre Murray e Djokovic pode dar certo. “Fiquei um pouco surpreso que, logo após se aposentar, Andy quisesse embarcar novamente em um projeto que envolve viagens,” disse Nadal em entrevista ao jornal The Telegraph. “Mas entendo que o projeto com Novak é atraente e que ele se sente motivado com isso.”
Nadal também observou que, para Djokovic, ter um de seus maiores rivais como treinador pode servir como motivação extra. “Para o Novak, estar com um dos seus maiores rivais – como técnico – deve dar a ele um impulso a mais,” acrescentou. Embora não esperasse por essa parceria tão cedo, Nadal demonstrou otimismo e desejou sucesso à dupla. “Acho que é uma boa combinação. Desejo o melhor para eles.”
Desde que se aposentou após a Copa Davis, em novembro, Nadal tem aproveitado a vida fora do tênis, dedicando-se principalmente ao golfe. Ele tem desfrutado de um ritmo de vida mais calmo e até brincou sobre a possibilidade de um torneio de golfe com seus antigos rivais Djokovic, Murray e Roger Federer. “Pode acontecer, mas eles vão ter que treinar – tenho uma certa vantagem nisso,” disse Nadal, rindo. “Na quadra de tênis, a diferença entre nós era pequena, mas no golfe, eu sou bem melhor.”
Com o Aberto da França (Roland Garros) se aproximando no próximo mês, Nadal certamente acompanhará o torneio de perto. Ele venceu esse Grand Slam um recorde de 14 vezes, mas agora há espaço para novos nomes brilharem, como o espanhol Carlos Alcaraz, atual campeão. Embora não esteja mais em ação, Nadal está curioso para ver como o torneio se desenrolará.
Quando perguntado se pensa em voltar ao tênis, Nadal foi claro ao dizer que ainda não encontrou a motivação para isso. “Ainda não encontrei aquele momento na minha rotina que me motive pessoalmente a jogar novamente,” explicou. “Talvez no futuro, se surgir uma razão especial, como uma partida de exibição, eu me sinta motivado. Mas, por enquanto, esse momento ainda não chegou.”
As palavras de Nadal refletem uma transição tranquila para a vida pós-tênis, onde o golfe e a realização pessoal têm prioridade sobre a competição. Embora seus dias como competidor tenham ficado para trás, a lenda espanhola continua sendo uma figura influente no esporte, inspirando as próximas gerações com sua trajetória e experiência.
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