O torneio feminino de Wimbledon segue sendo palco de grandes surpresas. Desde 2016, nenhuma jogadora conseguiu defender o título conquistado, e tudo indica que uma nova campeã será coroada nesta edição. À medida que o Grand Slam mais tradicional do tênis retorna ao All England Club, a expectativa gira em torno de novas protagonistas — especialmente Aryna Sabalenka e Coco Gauff, cuja rivalidade recente promete esquentar os jogos sobre a grama londrina.
A atual campeã, Barbora Krejcikova, chega à competição lidando com lesões, o que levanta dúvidas sobre sua capacidade de repetir o desempenho impressionante do ano passado. Já ex-campeãs como Elena Rybakina e Marketa Vondrousova seguem como ameaças, devido à sua experiência e técnica no piso, mas os olhos estão voltados principalmente para as finalistas de Roland Garros.
Coco Gauff, recém-coroada campeã em Paris após vencer Sabalenka, retorna a Wimbledon — palco de sua ascensão em 2019 — com o objetivo de mostrar que pode repetir seu sucesso também na grama. No entanto, sua preparação não começou da melhor forma: foi eliminada na segunda rodada do torneio de Berlim por Wang Xinyu. Mesmo assim, a ex-quartofinalista de Wimbledon, CoCo Vandeweghe, acredita na capacidade de recuperação da jovem americana.
“Talvez não seja a melhor superfície dela, mas Coco é uma competidora nata”, afirmou Vandeweghe no Tennis Channel. “Ela aprende com as derrotas e volta mais forte. É isso que temos visto repetidamente.”
Por outro lado, Aryna Sabalenka também tem muito a provar. A bielorrussa, que ficou fora da edição passada devido a uma lesão, chegou a três finais consecutivas de Grand Slam desde então — incluindo o título do US Open 2023. Apesar da consistência e do posto de número 1 do mundo, Sabalenka ainda busca sua primeira grande conquista sobre a grama. Após alcançar a semifinal em Berlim, ela comentou:
“A temporada de grama é curta, então queria ganhar ritmo com mais jogos. Estou feliz com o que alcancei até aqui.”
Outra jogadora a ser observada é Madison Keys, que venceu o Aberto da Austrália neste ano e quer provar que a conquista não foi um acaso. Marketa Vondrousova, que surpreendeu ao vencer o torneio de Berlim mesmo com baixo ranking, também chega embalada e pode causar estragos.
Além disso, Iga Swiatek aparece como incógnita. Apesar do domínio no saibro e em quadras duras, a polonesa nunca passou das quartas de final em Wimbledon. Após uma breve suspensão por doping no ano passado, ela espera que esta edição seja um marco na sua trajetória sobre a grama, enquanto busca seu sexto título de Grand Slam.
Com tantos ingredientes — forma, história e imprevisibilidade —, o torneio feminino de Wimbledon promete drama, redenção e, possivelmente, mais uma nova campeã no cenário do tênis mundial.
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