Coco Gauff mostrou grande resiliência nesta temporada de saibro, alcançando as finais em Madri e Roma, apesar dos problemas com o saque, incluindo várias duplas faltas. Sua inconsistência no saque foi um problema marcante, com sete duplas faltas na final de Madri contra Aryna Sabalenka e oito na derrota em Roma para Jasmine Paolini.
Campeã do US Open 2023, Gauff reconhece essa fraqueza como um ponto crucial a ser melhorado para competir efetivamente no Aberto da França. Apesar dessas dificuldades, sua capacidade atlética e estilo agressivo a mantêm entre as principais candidatas, especialmente com um chaveamento mais aberto do que nos anos anteriores.
Mirra Andreeva, uma estrela em ascensão do tênis feminino, chega a Roland Garros com confiança crescente após uma temporada de grande avanço. A jovem russa, atualmente número seis do mundo, conquistou dois títulos consecutivos de nível WTA 1000 em Dubai e Indian Wells, derrotando várias campeãs de Grand Slam.
Sob a orientação da treinadora Conchita Martínez, Andreeva tem demonstrado força mental notável e maturidade além da sua idade. Suas recentes atuações no saibro, incluindo quartas de final em Madri e Roma, indicam uma melhora constante e a colocam como uma adversária perigosa em Paris.
Iga Swiatek, tetracampeã do Aberto da França, chega a Roland Garros em um momento de incerteza após uma temporada difícil no saibro. Antes quase imbatível nessa superfície, Swiatek sofreu derrotas surpreendentes em Madri e Roma, caindo para fora do top 3 mundial.
Suas recentes dificuldades, incluindo uma derrota pesada para Gauff e um revés para Danielle Collins, revelaram vulnerabilidades em seu jogo. A própria Swiatek admitiu falta de foco e confiança, destacando a necessidade de reencontrar a força mental que impulsionou sua dominação.
A batalha de Swiatek é ainda mais complicada pela ascensão de Aryna Sabalenka, que a ultrapassou no ranking mundial na última temporada e segue sendo uma rival forte. A pressão para manter seu status de elite enquanto recupera sua melhor forma pesa sobre ela.
Ela falou abertamente sobre a necessidade de mudar sua mentalidade e tem seguido conselhos de sua equipe para se preparar mentalmente para Roland Garros. Seus sucessos anteriores no torneio servem como base, mas Swiatek ressalta que cada ano é um novo desafio e que vitórias passadas não garantem sucesso futuro.
A chave feminina de Roland Garros deste ano parece particularmente imprevisível, com várias jogadoras de ponta enfrentando queda de desempenho ou desafiantes emergentes como Gauff e Andreeva. A capacidade atlética e a experiência crescente de Gauff, combinadas à rápida ascensão e força mental de Andreeva, indicam que a ordem estabelecida pode ser testada.
A busca de Swiatek para recuperar sua antiga dominância será um dos pontos centrais, mas a profundidade do talento no circuito sugere que o torneio pode revelar uma nova campeã de Grand Slam.
Em resumo, o Aberto da França promete ser um evento altamente competitivo, com várias jogadoras capazes de conquistar o título. O controle de Gauff sobre o saque, a coragem de Andreeva e a reorientação mental de Swiatek serão fundamentais para suas chances.
Enquanto essas jogadoras se preparam para a batalha nas quadras de saibro de Paris, o torneio pode marcar um momento decisivo no tênis feminino, destacando os desafios de manter a excelência e o surgimento de novos talentos prontos para brilhar.
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