A Copa do Mundo Feminina registrou várias partidas unilaterais, mas a diretora da competição, Yvonne Nolan, insiste que esses jogos fazem parte natural da evolução do rugby, e os fãs dificilmente se queixarão de “muitos tries”.
A fase de grupos terminou no domingo, com sete das oito melhores equipes do ranking mundial avançando para as quartas de final, que começam neste fim de semana. Esta edição marcou a primeira expansão do torneio para 16 equipes, contribuindo para vários placares desequilibrados.
O resultado mais impressionante foi a vitória da Inglaterra, anfitriã, sobre Samoa por 92-3, enquanto um terço de todos os jogos da fase de grupos — oito de 24 — tiveram margens de vitória de 50 pontos ou mais.
Nolan descreveu os jogos da fase de grupos como “muito variados e divertidos”, ressaltando que a Copa do Mundo vai além das fases eliminatórias.
“Estamos nos despedindo de oito equipes incríveis. O torneio visa desenvolver o esporte, inspirar uma nova geração de fãs e mostrar às jogadoras que estão prontas para evoluir.”
O torneio também destacou os desafios e avanços das nações emergentes no rugby. O Brasil, estreante na competição, perdeu suas três partidas por pelo menos 60 pontos, mas marcou em todos os jogos, enquanto as Fiji conquistaram sua primeira vitória em Copas do Mundo ao derrotar o País de Gales por 28-25.
Nolan indicou que planos serão divulgados em breve para oferecer mais oportunidades às nações menores entre os torneios.
“Se esperarmos que as equipes apareçam apenas a cada quatro anos, não veremos mudanças. Existem oportunidades para que as equipes melhorem rapidamente, e vimos evidências disso aqui.”
Nas quartas de final, a África do Sul, classificada em 12º e equipe de menor ranking restante, enfrentará a campeã Nova Zelândia. A anfitriã Inglaterra, favorita do torneio, jogará contra a Escócia, que enfrenta disputas contratuais e incertezas.
Apesar dos jogos de alta pontuação, Nolan observou que os fãs permanecem engajados.
“Mesmo em estádios onde as equipes marcaram o 10º ou 11º try, ninguém vai embora. Os fãs podem preferir jogos mais equilibrados, mas a diversidade de estilos torna o jogo emocionante.”
Os jogos da fase de grupos atraíram mais de 245.000 espectadores, evidenciando a crescente popularidade do rugby feminino no mundo.
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