As Red Roses entraram no torneio como principais favoritas e pouco viram essa condição ser questionada desde o início. No entanto, Canadá e Nova Zelândia confirmaram suas credenciais com campanhas perfeitas na fase de grupos, preparando o cenário para uma fase eliminatória de alta intensidade.
As três seleções terminaram suas chaves com 100% de aproveitamento e chegam às quartas de final deste fim de semana como favoritas para estender suas séries de vitórias. A Inglaterra encara a Escócia em Bristol, no domingo, e uma vitória significaria um novo recorde mundial de 31 triunfos consecutivos. O Canadá, atual número dois do ranking, é apontado como favorito diante da Austrália no sábado, em Ashton Gate, enquanto a campeã em título Nova Zelândia deve superar a África do Sul em Exeter.
O domínio inglês na fase de grupos foi evidente, com 161 pontos marcados em vitórias contundentes sobre Estados Unidos e Samoa. Ainda assim, o triunfo por 47 a 7 diante da Austrália no último fim de semana expôs algumas fragilidades. O técnico John Mitchell classificou a atuação como “truncada”, já que sua equipe precisou recorrer à força do pack de avançadas para se recompor após sofrer um try logo no início.
Embora tenha elogiado a resiliência defensiva da equipe, Mitchell reconheceu que a linha de trás não conseguiu se impor. A ausência da melhor jogadora do mundo, Ellie Kildunne, afastada por sintomas de concussão, aumenta as preocupações da Inglaterra antes do mata-mata.
Além das lesões, questões disciplinares também afetam a preparação inglesa, já que a equipe cedeu 31 turnovers contra a Austrália. Corrigir esses erros será essencial para manter o embalo conforme a pressão da fase eliminatória cresce.
O Canadá, por sua vez, mostrou sua força com os avançados ao vencer a Escócia por 40 a 19. Cinco de seus seis tries foram marcados por jogadoras da primeira linha, além de um try de penalidade conquistado em um scrum colapsado. Inseridas no lado mais favorável da chave, as canadenses têm boas chances de chegar à sua segunda final, após a de 2014. Uma semifinal contra França ou Irlanda é o cenário mais provável.
Já a Nova Zelândia apresentou sua melhor atuação da competição ao atropelar a Irlanda por 40 a 0. A jovem ponta de 18 anos, Braxton Sorensen-McGee, brilhou com um hat-trick, consolidando seu status como uma das maiores promessas do rugby feminino.
Com movimentação ágil da linha de trás e domínio das avançadas, as Black Ferns confirmaram o peso de atuais campeãs. A centro Stacey Waaka destacou que as derrotas recentes para a Irlanda serviram como motivação extra para a atuação implacável.
Com Inglaterra, Canadá e Nova Zelândia invictas, os confrontos eliminatórios prometem choques intensos entre as melhores seleções do mundo. Embora a Inglaterra continue como favorita, suas rivais crescem no momento certo, tornando o caminho rumo ao título mundial longe de ser simples.
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