Faltando seis dias para o fim da competição, Pogacar declarou que lutará por cada quilômetro até Paris. Mesmo com uma vantagem confortável de quatro minutos, o ciclista da UAE Team Emirates não quer se acomodar. Em entrevista no segundo dia de descanso da prova, ele refletiu sobre seu amadurecimento desde que venceu seu primeiro Tour aos 20 anos, afirmando que hoje se sente mais focado e experiente.
“Este é meu sexto Tour. Sinto falta da camisa branca, mas cresci”, disse o esloveno de 26 anos, ressaltando que aprendeu a importância de manter a concentração em todas as etapas. Pogacar admitiu que o início da prova foi tenso, mas que, após assumir a liderança com atuações dominantes nas etapas montanhosas dos Pirineus, começou a aproveitar mais a corrida.
Ele lidera com mais de quatro minutos sobre seu principal adversário, Jonas Vingegaard, que ainda representa uma ameaça significativa com a aproximação das etapas alpinas. Pogacar reconhece a força do dinamarquês, mas frisou que o desfecho da corrida será decidido por desempenho e estratégia. “Não é questão de vingança, só quero correr melhor”, disse, referindo-se às derrotas para Vingegaard em 2022 e 2023. Ele também destacou a importância do espírito de equipe: “Mesmo sem a corrida, eu viria só para estar com esse grupo.”
Enquanto isso, o alemão Florian Lipowitz tornou-se uma das grandes surpresas desta edição do Tour. Aos 24 anos, o ciclista da Red Bull-Bora ocupa o terceiro lugar geral e lidera entre os competidores com menos de 25 anos. Ex-biathleta, Lipowitz mudou para o ciclismo após lesões no joelho, e sua determinação o levou a pedalar 100 km até o gerente da equipe, Ralph Denk, para pedir uma chance pessoalmente.
Descrito por Pogacar como “um cara muito legal e forte”, Lipowitz chamou a atenção com três resultados entre os cinco melhores nas etapas dos Pirineus e um desempenho sólido no contrarrelógio. Seu treinador, Rolf Aldag, o classificou como “inquebrável”, destacando sua resistência física e habilidade técnica. Ao lado do experiente Primoz Roglic, o futuro de Lipowitz parece promissor, e muitos já se perguntam se ele será o próximo campeão alemão do Tour de France.
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