A Nigéria está prestes a fazer história ao sediar, pela primeira vez, o Campeonato Africano de Esgrima, em sua 23ª edição. Com isso, junta-se ao Senegal e ao Mali como os únicos países da África Subsaariana a receberem o prestigiado torneio continental. A competição acontecerá nas instalações da Charterhouse Lagos, um local simbólico e inovador para o evento.
O torneio está marcado para ocorrer entre os dias 25 e 29 de junho, reunindo os melhores esgrimistas do continente africano. A escolha da Nigéria como sede segue o sucesso do país na organização do Campeonato Africano Júnior de Esgrima em 2018 e 2022, além da Copa do Mundo de Esgrima de 2024, consolidando sua crescente reputação no cenário global da modalidade.
O presidente da Federação Nigeriana de Esgrima, Adeyinka Samuel, confirmou a realização do evento e destacou a importância do momento. “É um marco histórico e uma evidência clara do crescimento acelerado da esgrima no nosso país. Um avanço significativo para o desenvolvimento do esporte na África”, afirmou.
A Charterhouse Lagos, conhecida por sua tradição acadêmica britânica centenária, já havia recebido a primeira Copa do Mundo de Esgrima da Nigéria, sendo elogiada por sua organização de padrão internacional. Agora, está preparada para acolher novamente os melhores atletas do continente, oferecendo hospitalidade premium e segurança garantida.
“Mais do que medalhas, queremos mostrar a riqueza da cultura nigeriana e a união pan-africana. Os visitantes podem esperar apresentações culturais vibrantes e a calorosa hospitalidade típica da Nigéria”, acrescentou Samuel. Para ele, a esgrima vai além do esporte — é também educação, empoderamento e crescimento pessoal.
Ele revelou ainda que um Comitê Organizador Local (LOC) está trabalhando em estreita colaboração com parceiros nacionais e internacionais para garantir uma logística eficiente, segurança reforçada e suporte médico completo. “Aprendemos muito com a Copa do Mundo de 2024. Desta vez, não deixaremos nada ao acaso”, garantiu.
Recordando sua própria trajetória, Samuel comentou: “Competi no Marrocos em 2008 e quase ganhei uma medalha. Hoje, estou organizando o evento continental — é algo muito pessoal para mim.”
A equipe nigeriana está otimista quanto às suas chances, visando conquistar sua primeira medalha na competição. Com o suporte de treinadores italianos de alto nível e treinamentos conjuntos com outros países africanos, Samuel acredita que 2025 poderá ser o ano da virada para a esgrima nigeriana.
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