Embora o clube londrino tenha garantido vaga na competição ao vencer a Copa da Inglaterra (FA Cup), sua participação está sob análise devido às regras da UEFA sobre a multipropriedade de clubes. Essas normas proíbem que dois clubes com o mesmo dono disputem a mesma competição europeia. John Textor, coproprietário do Crystal Palace, também detém participação significativa no Lyon.
Para resolver o conflito, Textor concordou em vender sua fatia de 44% no Crystal Palace. No entanto, a situação se complicou quando o Lyon foi rebaixado à Ligue 2 pelas autoridades do futebol francês, por problemas financeiros. O clube francês recorreu da decisão e indicou que poderá abrir mão de sua vaga na Liga Europa caso o recurso não seja aceito.
Diante disso, a UEFA optou por aguardar a decisão final sobre o Lyon antes de definir o futuro europeu do Crystal Palace. A entidade não estabeleceu um prazo específico, limitando-se a afirmar que fornecerá novas informações “em momento oportuno”. O Palace esperava uma decisão nesta segunda-feira, mas foi informado na semana passada sobre o adiamento.
O caso evidencia o posicionamento rígido da UEFA quanto à multipropriedade. No início deste ano, o Drogheda United, da Irlanda, foi excluído da Liga Conferência devido à ligação com o Silkeborg, da Dinamarca, sob a mesma estrutura acionária. Se for liberado, o Crystal Palace entrará diretamente na fase de grupos da Liga Europa, com o sorteio previsto para 29 de agosto e o início do torneio em setembro.
Enquanto isso, John Textor está em processo de venda de suas ações do Crystal Palace para Woody Johnson, proprietário do New York Jets. Textor também renunciou nesta semana ao cargo operacional no Lyon, apesar de manter 77% das ações do clube. Em outubro passado, seu grupo Eagle Football revelou que o Lyon acumulava uma dívida de £422 milhões. O clube francês classificou o rebaixamento como “incompreensível” e continua contestando a decisão na Justiça.
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