O ex-internacional nigeriano Dominic Iorfa expressou decepção com os Super Eagles por boicotarem os treinos antes da semifinal das eliminatórias africanas da Copa do Mundo de 2026 contra o Gabão.
Iorfa, conhecido como “Speedstar” durante a sua carreira, descreveu a situação no campo das Eagles como “repugnante”. Ele relatou suas experiências enquanto jogava na Inglaterra pelo Queens Park Rangers (QPR), observando que os colegas europeus ficavam surpresos com os altos valores das premiações e incentivos que os jogadores africanos recebiam por representar a seleção nacional.
Apelando aos jogadores para colocarem os interesses pessoais de lado, Iorfa enfatizou que o reconhecimento global deles decorre, em grande parte, do fato de representarem a Nigéria. Ele disse: “Os jogadores que se recusam a treinar por causa de premiações ou incentivos é algo repugnante de se falar. Os países europeus ficam surpresos ao saber quanto os jogadores africanos recebem por jogar por seus países. Lembro-me dos meus dias no QPR no início dos anos 90, com internacionais ingleses como Ray Wilkins, Kenny Sansom, David Seaman, Paul Parker, e Roy Wegerle dos EUA. Nenhum deles jamais se recusou a treinar por causa de premiações, apesar dos salários em seus clubes.”
Iorfa acrescentou que a seleção nacional é uma plataforma que coloca os jogadores em destaque no cenário mundial, destacando que cerca de 80% dos jogadores nigerianos talvez não fossem conhecidos sem ela. “Muitos dos jogadores icônicos da Nigéria ganharam destaque primeiro por suas atuações na liga local antes de se transferirem para o exterior. Isso ajudou jogadores talentosos a se tornarem nomes conhecidos entre os fãs locais”, concluiu.
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