A Federação Nigeriana de Atletismo (AFN) se distanciou oficialmente do caso que resultou na suspensão de dois anos da velocista Imaobong Nse Uko, aplicada pela Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) da World Athletics por violar as regras antidoping — especificamente, por falhar três vezes na atualização de sua localização (whereabouts) no período de 12 meses.
Segundo a AFN, o preenchimento do sistema de localização é responsabilidade exclusiva de cada atleta de elite, e deve ser feito trimestralmente com as seguintes informações obrigatórias:
Endereço residencial
Número de telefone
Local de hospedagem noturna
Atividades regulares como treinos, trabalho ou estudos, com horários e locais detalhados.
A Federação afirmou que o não cumprimento dessas obrigações foi o que levou à punição de dois anos para Uko, válida até julho de 2026.
“Atletas são modelos e têm a responsabilidade de proteger a integridade do esporte.
Fornecer informações de localização é essencial para garantir um esporte limpo”, destacou a AFN.
A entidade também explicou que não tem competência para conduzir testes antidoping por localização, função que cabe exclusivamente às Federações Internacionais e às Organizações Nacionais Antidoping (ONADs), como a NADC (Agência Nigeriana Antidoping).
Apesar disso, a AFN reforçou seu compromisso com a educação antidoping de atletas, treinadores e oficiais técnicos, por meio de seminários informativos — o mais recente ocorreu durante o Festival Nacional de Esportes 2024 (Gateway Games), em Abeokuta, estado de Ogun.
O departamento antidoping da AFN, liderado pelo professor Ken Anugweje, segue promovendo ações educativas e campanhas sobre as regras antidoping em vigor.
A AFN ressaltou que o sistema de localização é simples de ser utilizado e que Uko recebeu diversos avisos e lembretes tanto da AFN quanto da NADC, mas não atualizou seus dados, mesmo após ter solicitado ajuda e recebido promessas de suporte.
“O atleta deve assumir sua responsabilidade. Não é justo culpar a Federação por uma falha pessoal”, afirmou a entidade.
A Federação também organiza seminários periódicos abordando temas como:
Preenchimento correto do sistema de localização
Isenção de uso terapêutico (TUE)
Infrações das regras antidoping
Por fim, a AFN pediu o apoio da imprensa para divulgar suas campanhas educativas e programas de conscientização, e convidou os atletas a se unirem aos esforços da Federação, da AIU e da WADA (Agência Mundial Antidoping) pela preservação da integridade esportiva.
“Estamos comprometidos com um esporte limpo e faremos tudo para garantir que nossos atletas estejam devidamente informados e preparados.”
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