A Copa do Mundo 2026, que será realizada nos Estados Unidos, México e Canadá, será a maior de todas, com 48 equipes e 104 partidas. Enquanto a empolgação aumenta, especialistas em clima alertam que o evento pode se tornar o mais poluente em termos de CO₂ já registrado, gerando mais de nove milhões de toneladas equivalentes de CO₂.
A Dra. Madeleine Orr, pesquisadora de esporte e clima, criticou a FIFA por priorizar a expansão em vez da sustentabilidade, questionando se o evento conseguirá cumprir os padrões ambientais prometidos.
O calor extremo é outra grande preocupação, com 14 das 16 cidades-sede previstas para enfrentar condições perigosas durante o torneio.
Em eventos anteriores nos EUA, jogadores sofreram exaustão pelo calor, e especialistas alertam que a exposição prolongada pode colocar em risco torcedores, funcionários e mídia, não apenas os atletas. A FIFA sugeriu ajustar os horários de início das partidas e usar estádios cobertos, mas ainda não apresentou planos detalhados de contingência.
Jogadores e defensores do futebol estão cada vez mais se manifestando. O ex-meio-campista David Wheeler e o defensor do Real Betis, Hector Bellerin, destacam o impacto ambiental crescente do esporte, pedindo que jogadores e organizações assumam responsabilidade.
As mudanças climáticas já afetam as condições de jogo, os cronogramas de viagem e a segurança dos jogadores, e críticos afirmam que as entidades governamentais não estão fazendo o suficiente para enfrentar esses desafios.
Com o aumento das temperaturas globais e a ocorrência mais frequente de eventos climáticos extremos, especialistas alertam que a Copa do Mundo 2026 pode superar recordes históricos de calor, aumentando a pressão sobre equipes, torcedores e organizadores.
O debate ressalta uma tensão mais ampla no futebol: equilibrar crescimento comercial e expansão global com a necessidade de práticas sustentáveis e o bem-estar dos jogadores.
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