Xabi Alonso inicia oficialmente sua trajetória como técnico do Real Madrid enfrentando o Al-Hilal na Copa do Mundo de Clubes, sob grande expectativa, apesar do pouco tempo de preparação e um elenco em transição. Recém-chegado ao cargo, Alonso teve dificuldades nos primeiros treinos devido a lesões e convocações para seleções, contando com apenas três jogadores do time principal na primeira atividade. Mesmo assim, no Real Madrid, o sucesso imediato não é apenas desejado — é obrigatório.
A carreira de Alonso como treinador foi moldada por referências de elite, tendo atuado sob comando de técnicos como Mourinho, Guardiola, Ancelotti e Benítez. Seu sucesso no Bayer Leverkusen, onde interrompeu o domínio de 11 anos do Bayern de Munique na Bundesliga, convenceu a diretoria merengue de que ele é capaz de devolver competitividade à equipe.
Ainda assim, o desafio é enorme. Alonso precisa superar o histórico negativo de treinadores espanhóis no Santiago Bernabéu e entregar títulos rapidamente. Sua juventude, aos 43 anos, o aproxima dos jogadores, facilitando a comunicação e a gestão do grupo — algo que pode representar uma vantagem em relação ao seu antecessor, Carlo Ancelotti.
Segundo Victor Sánchez del Amo, o respeito conquistado por Alonso como jogador e sua inteligência tática o ajudam a ganhar a confiança do elenco, algo que faltou ao time na temporada passada, quando terminou atrás do Barcelona e foi eliminado da Liga dos Campeões de forma apagada. Taticamente, espera-se que Alonso utilize uma defesa com três zagueiros, modelo que rendeu frutos no Leverkusen. Reforços como Dean Huijsen e Franco Mastantuono simbolizam o futuro do clube, enquanto Trent Alexander-Arnold pode estrear, competindo pela vaga com o veterano Dani Carvajal. Entre as principais missões de Alonso estão equilibrar a convivência entre Vinícius Júnior e Kylian Mbappé, além de reconstruir a confiança coletiva. Uma vitória convincente contra o Al-Hilal pode marcar o início de uma nova era promissora para o Real Madrid.
ADD A COMMENT :