A seleção feminina da Nigéria, as Super Falcons, está prestes a fazer história ao disputar a final da 13ª edição da Copa Africana de Nações Feminina (WAFCON), contra o Marrocos, país anfitrião, neste sábado à noite, no Estádio Olímpico de Rabat.
A treinadora Justine Madugu afirmou que sua equipe chegou longe demais para aceitar qualquer resultado que não seja a conquista do título – troféu que já ergueram nove vezes nas doze edições anteriores.
A vaga na final foi garantida após uma vitória suada por 1 a 0 sobre a atual campeã África do Sul, com um golaço nos acréscimos marcado por Michelle Alozie na semifinal disputada na terça-feira em Casablanca.
“Damos graças a Deus por termos chegado à final. Nosso foco agora é levantar o troféu em Rabat no sábado”, disse Madugu.
“A África do Sul sempre seria um adversário difícil, mas estávamos preparadas. Nossa abordagem tática funcionou. Temos aplicado essa mentalidade em todos os cinco jogos até agora, e faremos o mesmo na final.”
As Super Falcons enfrentam agora as Leoas do Atlas, seleção marroquina em ascensão meteórica no futebol feminino africano. A partida representa mais do que uma disputa de título: é um confronto simbólico entre a força mais dominante do continente e uma das potências emergentes.
Esta será a segunda grande final continental em 17 meses envolvendo a Nigéria contra o país anfitrião, após os Super Eagles enfrentarem a Costa do Marfim na final da CAN masculina em 2024.
Liderada pela capitã Rasheedat Ajibade, a equipe nigeriana tem se destacado pelo jogo coletivo e poder ofensivo. Jogadoras como Folasade Ijamilusi, Chinwendu Ihezuo, Esther Okoronkwo e Jennifer Echegini trouxeram dinamismo ao ataque, enquanto a zagueira Ashleigh Plumptre e a goleira Chiamaka Nnadozie (eleita a Melhor Goleira da África em duas edições seguidas) garantem solidez defensiva.
As Super Falcons marcaram 11 gols e sofreram apenas um – de pênalti, convertido por Linda Motlhalo, da África do Sul –, demonstrando domínio em todos os setores do campo.
A rivalidade entre Nigéria e Marrocos evoluiu ao longo dos anos. Antigamente, a Nigéria vencia com facilidade – como nos 8 a 0 em Kaduna (1998) e nos 6 a 0 em 2000. No entanto, o cenário mudou desde a semifinal de 2022, quando o Marrocos venceu a Nigéria nos pênaltis jogando em casa.
A transformação do Marrocos, de azarão a finalista continental em torneios consecutivos, é notável. Seu estilo de jogo confiante e o apoio da torcida local representam um desafio real para as campeãs africanas.
O Estádio Olímpico deve estar lotado para o que promete ser uma noite emocionante e histórica para o futebol feminino africano.
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