No mesmo dia em que o Liverpool enfrenta o Crystal Palace na última partida da temporada, o sentimento de déjà-vu é forte, já que a data coincide perfeitamente com o aniversário daquela noite que redefiniu a identidade do clube e mostrou toda a emoção que só o futebol pode proporcionar.
A partida original, disputada no Estádio Atatürk, em Istambul, no dia 25 de maio de 2005, viu o Liverpool protagonizar uma das maiores viradas da história do futebol. Sob o comando de Rafael Benítez, a equipe chegou à final apesar de ter terminado em quinto lugar na Premier League e de ter poucas expectativas ao entrar no torneio.
Após derrotas sofridas por Bayer Leverkusen, Juventus e Chelsea, o Liverpool enfrentou um poderoso AC Milan, que já havia eliminado o Manchester United e humilhado o Inter de Milão no caminho para a final.
O jogo começou de forma desastrosa para os ingleses, com o Milan liderando por 3 a 0 no intervalo, graças a gols de Maldini e Crespo. Contudo, numa reviravolta dramática no segundo tempo, o Liverpool marcou três gols em seis minutos — por Steven Gerrard, Vladimir Smicer e Xabi Alonso — este último aproveitando o rebote após perder um pênalti — empatando a partida em 3 a 3.
O goleiro Jerzy Dudek fez defesas cruciais na prorrogação, incluindo uma parada milagrosa em um chute de Shevchenko, e tornou-se o herói na disputa de pênaltis que garantiu ao Liverpool seu quinto título europeu.
A partida foi imediatamente imortalizada na história do futebol, com a imprensa chamando-a de “Milagre de Istambul”. Esse jogo remodelou o legado global do Liverpool e restaurou seu status entre a elite europeia. Em reflexões posteriores, Benítez destacou que o foco durante o intervalo foi na confiança e ajustes táticos, e não apenas em controlar o prejuízo. Para fãs como o editor Adam Beatty, a partida foi mais que um jogo — foi um evento transformador que reacendeu a esperança, provando que a fé pode vencer mesmo diante das maiores adversidades.
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