A FIFA está pronta para implementar uma série de novas tecnologias de arbitragem na próxima edição da Copa do Mundo de Clubes, que começa neste fim de semana nos Estados Unidos. Uma das principais inovações é um sistema semi-automático de impedimento redesenhado, projetado para parar o jogo imediatamente quando um jogador em posição irregular por mais de 10 centímetros toca na bola.
Diferentemente do sistema atual, que frequentemente exige uma revisão do VAR antes de confirmar o impedimento, a nova versão envia alertas instantâneos aos árbitros, reduzindo interrupções e aumentando a segurança dos jogadores. A decisão de adotar esse sistema foi, em parte, motivada por um incidente anterior em que Taiwo Awoniyi, do Nottingham Forest, colidiu com a trave ao perseguir uma bola em posição de impedimento não sinalizada.
Pierluigi Collina, chefe de arbitragem da FIFA, destacou o valor preventivo do sistema, afirmando que ele ajuda a manter o ritmo do jogo e a minimizar o risco de lesões. Além disso, a FIFA está testando uma nova regra que limita a posse de bola pelos goleiros a oito segundos. Após três segundos, começa uma contagem regressiva, e se o tempo for ultrapassado, o time adversário poderá receber um escanteio.
Em outra inovação importante, os árbitros da Copa do Mundo de Clubes usarão câmeras corporais que registrarão bastidores como aquecimentos, caminhada pelos túneis e o sorteio inicial. Esses vídeos serão compartilhados com os torcedores posteriormente, mas não incluirão conteúdos sensíveis nem serão transmitidos ao vivo durante as partidas. O objetivo é aumentar o valor do entretenimento, proporcionando uma experiência mais imersiva sem comprometer a integridade da arbitragem.
Para aumentar a transparência, os torcedores nos estádios verão os mesmos vídeos analisados pelo VAR, acompanhados dos comentários do árbitro principal. No entanto, as conversas internas da equipe de vídeo seguirão sendo privadas por enquanto. Collina também incentivou os árbitros assistentes a agirem com mais firmeza em situações de impedimento claras, argumentando que casos evidentes — como um jogador dois metros à frente — não devem depender do VAR.
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