Em uma mudança de estratégia surpreendente, a Associação Chinesa de Futebol (CFA) revelou planos para formar uma seleção nacional de eFootball. A decisão veio após o fracasso da equipe principal em se classificar para a Copa do Mundo FIFA de 2026, encerrando a campanha com uma derrota por 1 a 0 para a Indonésia.
Esse resultado levou à demissão do técnico Branko Ivankovic no mês passado e causou frustração generalizada entre os torcedores da seleção masculina, atualmente em 94º lugar no ranking da FIFA — atrás de países como Luxemburgo.
Apesar do mau desempenho em campo, a indústria de eSports da China está em plena expansão. Em 2024, atraiu cerca de 490 milhões de usuários e gerou impressionantes US$ 38,5 bilhões em receita. Nesse mesmo ano, o país sediou 124 competições de eSports, demonstrando o rápido crescimento do setor.
A força da China nos games competitivos ficou evidente nos Jogos Asiáticos de 2023, quando sua delegação de eSports conquistou quatro medalhas de ouro em cinco categorias disputadas.
De acordo com a CFA, a nova equipe participará de competições organizadas pela FIFA, Confederação Asiática de Futebol (AFC) e outras entidades internacionais. O anúncio gerou reações mistas nas redes sociais chinesas. Alguns torcedores demonstraram otimismo, apontando o vasto talento nacional nos jogos eletrônicos e processos de seleção mais justos. “Isso pode realmente funcionar”, escreveu um usuário no Weibo.
Outros, no entanto, reagiram com ceticismo. “Já fracassaram no futebol real… agora vão estragar o eSports também”, ironizou um comentarista. À medida que a CFA entra no cenário digital, resta saber se essa nova direção trará de volta o orgulho nacional ou aprofundará a decepção com o futebol chinês.
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