A recordista mundial da maratona, Ruth Chepngetich, foi suspensa provisoriamente após testar positivo para hidroclorotiazida, um diurético proibido frequentemente utilizado como agente mascarante.
Segundo comunicado da Unidade de Integridade do Atletismo (AIU), a atleta queniana testou positivo para a substância em uma amostra coletada em 14 de março de 2025. A hidroclorotiazida é comumente usada no tratamento de retenção de líquidos e hipertensão, mas é proibida no esporte por sua capacidade de ocultar o uso de outras substâncias dopantes. O exame de urina de Chepngetich teria detectado 3.800 nanogramas por mililitro — muito acima do limite mínimo de notificação de 20 ng/mL.
Aos 30 anos, Chepngetich chamou a atenção do mundo em outubro de 2024 ao quebrar o recorde mundial da maratona feminina no evento de Chicago, com o tempo de 2h09min56s — superando a marca anterior de Tigst Assefa no evento de Berlim de 2023 por quase dois minutos. Sua performance foi amplamente celebrada, mas agora está sob questionamento diante das acusações de doping.
Apesar de não ter sido suspensa imediatamente após o resultado positivo ser comunicado em 16 de abril, Chepngetich aceitou voluntariamente uma suspensão provisória três dias depois, enquanto a investigação da AIU prosseguia. Nesta segunda-feira, a AIU emitiu oficialmente um Aviso de Acusação e confirmou a suspensão provisória, segundo declarou o chefe da entidade, Brett Clothier.
O caso lança dúvidas sobre uma das performances mais impressionantes da história recente das maratonas e reforça o compromisso das autoridades do atletismo em aplicar rigorosamente as regras antidoping.
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