A saltadora britânica Molly Caudery acredita que pode superar sua própria marca nacional e lutar por um lugar no pódio no Japão. Aos 25 anos, natural da Cornualha, ela estabeleceu no ano passado o recorde britânico com 4,92 m. Chegou aos Jogos Olímpicos de Paris 2024 como número um do mundo, mas saiu frustrada após não conseguir validar nenhuma tentativa na fase de qualificação.
Depois de uma temporada turbulenta, Caudery afirma ter recuperado a forma e a consistência no momento certo. Ela inicia sua campanha na qualificação nesta segunda-feira, buscando uma vaga na final marcada para quarta-feira.
“Acredito que, se bater o recorde britânico, estarei em território de medalha”, disse à BBC. “Não foi a temporada mais tranquila, mas o último mês me deu muito mais regularidade, o que me deixa bem preparada para Tóquio.”
Medalhista de bronze no Europeu e já premiada em Mundiais Indoor, Caudery vem mostrando grande nível recentemente. Saltou 4,80 m para ser vice-campeã na etapa da Diamond League em Bruxelas e conquistou o título britânico com 4,85 m em agosto. Para ela, essas marcas podem ser suficientes para garantir medalha em Tóquio, embora a altura vencedora dependa também das condições da competição.
A atleta conta que aprendeu “muito” com a decepção olímpica, quando iniciou a qualificação com vantagem de 35 cm sobre as rivais, mas não conseguiu avançar. Desta vez, pretende focar no processo e não no resultado. “No ano passado, fiquei pensando na final e na medalha olímpica. Agora, quero me concentrar em passar pela qualificação e ver até onde consigo chegar”, acrescentou.
Enquanto isso, o também britânico Seamus Derbyshire, dos 400 m com barreiras, ganhou atenção por um motivo bem diferente. Ele viralizou este ano ao fazer encenações divertidas na linha de partida da Diamond League em Londres, inclusive imitando o famoso movimento de cabelo do filme Wicked.
Com 25 anos e assumidamente gay, Derbyshire explicou que suas performances espontâneas refletem o desejo de ser “autêntico”, após anos enfrentando ansiedade em competições. Essa abordagem renovou sua carreira, rendendo melhores marcas pessoais, índice para Tóquio e um novo prazer pelo esporte.
Apesar de ter sofrido ataques homofóbicos online, afirma que a maioria das reações foi “extremamente positiva”, com muitos o elogiando como exemplo. Prestes a disputar seu primeiro Mundial, ele destacou que seu objetivo não é destronar o tricampeão Karsten Warholm, mas sim aproveitar a experiência. “Minha principal meta este ano foi voltar a sentir prazer em competir. Momentos como esse são raros, quero realmente aproveitar”, concluiu.
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