Kipchoge afirmou que sua maior motivação para correr neste fim de semana na Maratona de Sydney é inspirar pessoas, mesmo reconhecendo que sente uma “enorme pressão” para vencer. O queniano de 40 anos, amplamente considerado o maior maratonista da história, será o destaque da prova no domingo, que pela primeira vez passa a integrar o prestigiado circuito das World Marathon Majors — ao lado de Londres, Nova York, Berlim, Boston, Chicago e Tóquio.
Bicampeão olímpico e dono de 11 títulos em majors, Kipchoge explicou que a decisão de competir em Sydney vai além da busca por mais uma vitória. “A pressão para vencer é enorme, mas a de inspirar pessoas a correr é ainda maior”, disse ao Olympics.com. “Quero mostrar aos australianos e ao mundo o que a corrida pode proporcionar e também demonstrar longevidade no maratonismo.”
A carreira de Kipchoge foi questionada no verão passado, quando ele não terminou a maratona olímpica em Paris — a primeira vez que abandonou uma prova na distância. No entanto, ele deu a volta por cima na Maratona de Londres em abril, onde terminou em sexto lugar, garantindo que segue focado em ampliar seu legado, e não em responder às críticas. “Não tenho mais nada a provar ao mundo”, afirmou. “Para mim, trata-se de consistência, paciência e de mostrar aos jovens atletas que a experiência se constrói com o tempo.”
Na linha de largada, Kipchoge terá forte concorrência, incluindo seu compatriota queniano Vincent Ngetich, que nunca terminou fora do top 4 em um major, e o etíope Birhanu Legese, bicampeão da Maratona de Tóquio. No feminino, a disputa promete ser igualmente intensa, liderada pela campeã olímpica Sifan Hassan e pela queniana Brigid Kosgei, vencedora de cinco majors.
No ano passado, o queniano Brimin Misoi e a etíope Workenesh Edesa Gurmesa quebraram os recordes do percurso em Sydney, estabelecendo um alto padrão competitivo para esta estreia no circuito major.
Enquanto isso, Sifan Hassan confirmou que sua escolha de correr em Sydney a fará perder o Campeonato Mundial de Atletismo em Tóquio no próximo mês. A estrela holandesa, campeã olímpica do maratona em Paris e dona de seis medalhas mundiais, explicou que o intervalo de recuperação entre as duas competições seria muito curto. “Foi uma decisão difícil”, admitiu. “Nunca perdi um mundial desde 2015, mas meu coração disse para eu vir aqui.”
A Maratona de Sydney acontece neste domingo, marcando sua estreia como parte das World Marathon Majors e atraindo alguns dos maiores nomes do atletismo mundial.
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